foto dermatovet pressão arterial

Avaliação de pressão arterial em animais

A avaliação da pressão arterial sanguínea é uma ferramenta indispensável na prática clínica veterinária e na monitoração de pacientes anestesiados ou sob cuidados intensivos, devido sua utilidade nos diagnósticos, tratamento e acompanhamento de diversas doenças.

Além do fator patológico, a pressão arterial sanguínea também sofre influência de diferentes variáveis, tais como idade, raça, sexo, temperamento (ansiedade e estresse principalmente durante o atendimento – “Síndrome do jaleco branco), estado de doença, atividade física e, em menor intensidade, dieta dos animais.

 

foto dermatovet pressão arterial

 

Uma das principais indicações para a avaliação da pressão arterial é a observação de alterações clínicas devidas à hipertensão em animais, caracterizada por lesões no sistema nervoso e cardiovascular, rins e olhos.

Não menos importante, a avaliação da pressão torna-se também imprescindível nos estados hipotensivos, que representam um risco iminente de morte.

As técnicas empregadas na medição da pressão arterial correspondem às formas invasivas (diretas) ou não invasivas (indiretas), cuja correlação vem sendo alvo de estudos e aprimoramento dentro da clinica veterinária de pequenos animais.

Assim, o objetivo desta revisão é reconhecer a importância da mensuração da pressão arterial dentro da rotina da clínica veterinária, estudando a influência das variáveis associadas ou não à elevação da pressão arterial, comparando os diferentes métodos empregados para sua obtenção.

Artigo completo: http://revistas.bvs-vet.org.br/rvz/article/view/27072/28253 ou pesquise no Google: pressão arterial Tebaldi – há dois artigos publicados sobre o assunto

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Alergopatia em animais

Alergopatia: uma busca constante de equilíbrio/ CONTROLE, cujo manejo ambiental, de restabelecimento de barreira epidérmica (cutânea) e, às vezes, dietético são fundamentais! Sem contar no alicerce do tratamento que conta do trabalho em conjunto da família (tutores), veterinário e banhista! Na foto: Paciente alergopata em triagem dermatológica, fase de exclusão dietética).

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avaliação clinica da cavidade bucal dos animais

Avaliação clínica da cavidade bucal de cães e gatos

O exame físico da cavidade oral e orofaringe é fundamental em todo atendimento clínico, até quando a queixa principal não está voltada a doenças do trato gastrointestinal. Há várias doenças q acometem a cavidade oral e orofaringe, mas que são diagnosticadas tardiamente pelo fato dos animais apresentarem sintomas não tão nítidos ao tutor.

Deve-se sempre atrelar o histórico geral e específico ao exame físico geral e clínico da cavidade oral e, se preciso, um exame detalhado c/ animal anestesiado e exames complementares da região (radiografias de crânio ou intraoral, tomografia e biópsia).

avaliação clinica da cavidade bucal dos animais

 

Sabe-se que 85% dos cães e gatos c/ idade a partir de 3 anos apresentam algum grau de doença periodontal, sem contar outras afecções. Em filhotes, verificar se há fenda palatina, escurecimento dentário (que pode indicar calcificação inadequada do esmalte), persistência de dentes de leite (que podem causar doença periodontal precoce e problemas de oclusão), acompanhar nascimento de todos os dentes permanentes.

A ausência de alguns elementos dentários na cavidade oral de cães jovens frequentemente está associada à presença dentes não-erupcionados (inclusos).Isto pode levar a formação de cistos dentígeros, abscessos e até causar fraturas de mandíbula.

Em animais mais idosos, sempre verificar se há presença de nódulos/massas, mobilidade evidente de algum dente, ausências dentárias (provavelmente causadas por infecção no osso alveolar) p/ garantir a permanência de uma boa saúde oral, e, como consequência, um bom estado de saúde geral.

Na minha área de dermatologia, sempre verifico, principalmente em gatos, a presença de Gengivoestomatite Crônica que pode estar correlacionada com algumas dermatopatias. Sem contar que p/ avaliar o status hemodinâmico do animal avaliamos o tempo de preenchimento capilar, hidratação de mucosa e coloração da mesma;

Pets com vômitos, deve se inspecionar (principalmente em filhotes e gatos)a base da língua na procura de corpo estranho linear; pets c/ doença renal crônica, se há estomatite ou ulcerações em consequência de síndrome urêmica; assim por diante! Saúde começa pela boca! E há especialistas em Odontologia Veterinária c/ que podemos contar!

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Cuidados básicos que vão ajudar a cuidar melhor de seu animal

a)      CAIXA IDENTIFICADA: Te um local destinado apenas para os itens de seu pet, não misturando com os utilizados por você e sua família.

b)      PASTA DE DOCUMENTAÇÃO/CARTEIRA DE VACINAÇÃO:  Em pasta ou envelope plástico protegido que produtos molhem os mesmos mantenha sempre: o certificado de vacinação; anotações das datas de administração de vermífugos e aplicação de antipulgas/anti carrapatos; pedigree e número de microchip; passaporte; registro de pesos e “check ups” realizados (resultados de exames de sangue, urina, avaliação de pressão arterial, glicemia…).

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c)       LISTA DE TELEFONES ÚTEIS: Seu contato (celular, telefone fixo e e-mail), bem como de algum parente que o animal goste muito e saiba sobre sua vida. Telefone do “PETdiatra” (aquele veterinário que acompanha desde as primeiras vacinas), bem como dos ESPECIALISTAS que acompanham a saúde do seu Pet (como dermatólogo, cardiologista, nefrologista, endocrinologista…), lista de HOSPITAIS/SERVIÇOS 24horas mais próximos, contato do CCZ (Centro de Controle de Zoonoses) e centro de intoxicações.

d)      PRESCRIÇÃO E MEDICAÇÕES DO SEU ANIMAL: Receitas organizadas das mais antigas para as mais recentes, divididas das que ainda estão sobre a vigência de uso e as que não usam mais (acho interessante quanto o tutor acaba fazendo um “diário” das intercorrências que teve com animal, desde uma simples consulta de rotina a episódios de diarreias, vômitos, emergências, vacinas cirurgias…). Medicações dentro do prazo de validade, com etiquetas contendo a DOSAGEM calculada pelo veterinário e a indicação de uso da mesma, bem como intervalo de administração e via a ser administrada. Não se esqueça de fazer o acompanhamento estipulado por seu veterinário para manutenção dos tratamentos estabelecidos.

e)      MATERIAIS PARA LIMPEZA DE FERIMENTOS: Solução fisiológica, água oxigenada volume 10, spray antisséptico (clorexidine/methiolate:não usar próximo aos olhos), gaze, algodão, compressa de tecido, esparadrapo…

f)       EQUIPAMENTOS E FERRAMENTAS BÁSICOS: termômetro, focinheira, luvas, toalha, pinça, tesoura sem ponta…

LEMBRE-SE QUE O MAIS IMPORTANTE É TER UM VETERINÁRIO DE CONFIANÇA QUE ACOMPANHE A SAÚDE DE SEU PET, NUNCA MEDIQUE SEU ANIMAL! CUIDADOS BÁSICOS SÃO PARA SEREM FEITOS A CAMINHO DO VETERINÁRIO, NÃO SUBSTITUEM OU ADIAM A NECESSIDADE DE IR ATÉ O PROFISSIONAL!

DermatoVet (Dra Mariana Tebaldi) – Jardim Aquarius: (12)3922-2343

Hipersensibilidade alimentar (HA) ou dermatite trofoalérgica

A hipersensibilidade alimentar (HA), ou dermatite trofoalérgica, é a terceira dermatopatia alérgica mais frequente em cães.

O animal com HA apresenta uma reação alérgica as habituais fontes proteicas e de carboidratos encontrados na alimentação.

Hipersensibilidadealimentar

As manifestações da hipersensibilidade podem determinar alterações nos diversos sistemas orgânicos do animal (gastroentérico, respiratório, tegumentar…), mas são os quadros dermatológicos de prurido (coceira) intensa na ausência de lesões, primariamente, é quem faz os tutores buscarem atendimento clínico veterinário.

Geralmente os sinais iniciam no paciente ainda filhote, mas a faixa etária para enquadra animais de 6 meses a 8 anos, normalmente.

O diagnóstico em um histórico clínico detalhado, bem como em eliminar lesões secundárias, controlar coceira, dieta de eliminação (exclusão com alimentos hipoalérgicos hidrolisados prescritos apenas por médico veterinário, de preferência especializado em dermatologia veterinária; ou uso de fonte nova de proteína atrelado a manejo com dieta caseira prescrita por profissional e posterior dieta de reexposição.

DermatoVet (Dra Mariana Tebaldi) – Jardim Aquarius: (12)3922-2343

ectoparasitas

Ectoparasitas mais comuns em cães e gatos

Os ectoparasitas mais comuns em cães e gatos são as pulgas e os carrapatos e eles são os responsáveis pela dermatite alérgica à picada de ectoparasitas (DAPE), sendo está a segunda causa mais comum de alergias em cães (14% dos alergopatas; sendo 80% correspondem a atópicos e 6% alérgicos a componentes alimentares).

Na DAPE ocorre uma reação de hipersensibilidade aos componentes da saliva dos ectoparasitas, provocando coceira intensa como sintoma inicial. Como lesões secundárias a coceira podemos observar áreas de falha de pelo, pelos quebradiços, secos, descamação, vermelhidão e posterior pigmentação enegrecida da pele, espessamento da pele e até mesmo infecção bacteriana nos locais acometidos.

ectoparasitas

As lesões tendem a iniciar nos locais preferenciais por esses parasitas: base de cauda e região lombar dorsal, seguidas de virilha, coxas e abdômen, podendo se estender para cervical e outras regiões do corpo.

Tratamento

O tratamento consiste em controlar a infestação de pulgas e carrapatos no animal e, principalmente, concomitantemente no ambiente. Bem como tratar as lesões secundárias com medicações especificas determinadas pelo veterinário! Sempre procure o veterinário! A prescrição de antipulgas e carrapatos deve ser feita por um medico veterinário, existem raças sensíveis a certas medicações, bem como a idade e o estado de saúde do animal determinam a melhor escolha para ele!

DermatoVet (Dra Mariana Tebaldi) – Jardim Aquarius: (12)3922-2343

cuidados no calor com seu pet

Protetor solar para cães e gatos

Verão e sol chegaram! Cães e gatos também precisam de fotoproteção! As áreas mais afetadas são as orelhas, focinho e abdômen, sendo os animais de pele clara e pelagem branca, bem como os de pelagem curta, os que mais precisam de cuidados. Visto que há o risco para o desenvolvimento desde dermatites causadas pelo sol (dermatite actínica) até mesmo câncer de pele (carcinoma de células escamosas, melanoma…).

cuidados no calor com seu pet

Algumas raças, tais como boxer da cor branca, dálmata, wippet, stattfordshire terrier americano e o bull terrier da cor branca são predispostas a estes problemas ocasionados pelo sol! Dê preferência a protetores solares acima de 15FPS, a prova d’água, respeitando o tempo de absorção e marcas voltadas a uso animal.

Passe com frequência e peça orientação de seu veterinário na hora da escolha do protetor e como utilizar! E claro, evite que os Pets se exponham ao sol nas horas mais quentes do dia!

Primeira consulta

Logo de primeira consulta, por que não começarmos com um “sente-se primeiro, por favor…Vamos conversar um pouco antes de eu ir examinar e ver as lesões de seu cão”…Alguns responsáveis ficam até “estranhados”,  mas saiba que conhecer a rotina de seu cão, hábitos sociais, de alimentação, de banho e um histórico de outras doenças que ele já tempo ajudam (e muito!) a determinar o porque das lesões de pele.

Como já abordado na introdução a dermatologia veterinária (consulte o post aqui), a pele é o maior órgão do corpo, e funciona como um espelho, refletindo o que está acontecendo de errado no animal.

Assim, a fim de ajudar os futuros questionamentos de vocês na primeira consulta e facilitar a reflexão e observação ai em casa, separei algumas perguntas que podem surgir!

  • Quando as lesões tiveram início? Elas pioram com a mudança de tempo, uso de algum produto em casa, uso de roupinha, perfumes ou outros produtos?
  • As lesões mudaram de aparência com o tempo? Foi rápido o surgimento?
  • Já fez tratamento antes? Com o que? E teve melhoras?
  • O animal se lambe ou coça? Quais locais?
  • Quem veio primeiro/ As lesões ou a coceira?
  • Já teve inflamação/infecção dos ouvidos? Algum quadro de alergia (Urticária?Angioedema?)
  • Já teve problemas de pele quando filhote? Sabe dos pais, irmãos de ninhada ou familiares do animal?anamnese
  • Já viajou com seu animal?
  • Convive com outros animais? Tem pessoas em casa com problemas de pele?
  • Toma banho a cada quanto tempo? Em Pet Shop? Protege as orelhas?
  • Tem carrapato ou pulga? Já teve? Usa algum produto para protege ló? Qual?
  • O animal se expõe ao sol? Têm acesso a quintal, jardim, sítio, chácara, fazenda, lado, rio, piscina, hotel para cães?
  • Ele se expõe ao sol?  Qual horário?
  • Fica mais tempo dentro ou fora de casa?
  • Tem casinha ou caminha própria? Te coberta, pano, papelão, edredom, estofado?
  • Em casa têm piso de madeira ou carpete? Têm tapetes?
  • Teve vômito ou diarreia? Qual a procedência da água que ele toma?
  • Qual é a alimentação fornecida? Fornece petiscos? Troca de alimento com frequência?
  • Está vermifugado e vacinado em veterinário?

 

UFA! Quantas perguntas! Mas isso são alguns questionamentos que podem ser abordados durante a consulta e vão ajudar a direcionar o histórico de queixa do animal na investigação da doença de pele em questão!

Vale lembrar que os “porquês”, manejos de como evitar e as doenças vamos discutindo e abordando pouco a pouco… O site está em construção, se tiver alguma dúvida e deseja que seja abordada aqui, mande por mensagem abaixo.

DermatoVet (Dra Mariana Tebaldi) – Jardim Aquarius: (12)3922-2343

Glossário da vet!

Às vezes, parece que o médico e veterinário estão falando outra língua, mas para descomplicar alguns termos, segue abaixo algumas expressões que vocês podem se deparar com o universo da medicina.

Caso tenham dúvidas de mais termos, só mandar uma mensagem! ;)

 

  • Alergeno = Alergênio = Agente capaz de produzir alergia
  • Alergopatia = Dermatite alérgica
  • Alopecia = Queda de pelo em uma região localizada ou generalizada do corpo
  • Atopia = Dermatite atópica = Enfermidade inflamatória e pruriginosa com fundo genético contra alérgenos ambientais
  • DAPE = Dermatite alérgica a pica de ectoparasitas = DAPP (Dermatite alérgica a picada de pulga) = DASP (dermatite alérgica a saliva de pulga)
  • Demodiciose = Sarna demodécica = Sarna folicular = Sarna pustular = Popularmente conhecida como “sarna negra”
  • Dermatite = Inflamação da pele acompanhada de prurido ou dor
  • Dermatite trofoalérgica = Alergia alimentar = Hipersensibilidade alimentarpesquisa
  • Dermatofitose = Micose superficial
  • Disqueratinização = “Seborréia seca”
  • Escabiose canina = Sarna sarcóptica = popularmente conhecida como “sarna vermelha”
  • Escabiose felina = Sarna notoédrica
  • Idiopático = sem etiologia (origem) desconhecida
  • Neoplasia = Tumor = Câncer
  • Piodermite = Inflamação e infecção bacteriana da pele
  • Prurido = Coçeira
  • Seborréia = Untuosidade = Distúrbios queratoseborréicos = Anormalidades de secreção sebácea
  • Zoonose = Doença transmissível de outros animais vertebrados ao homem, e vice-versa, sob condições naturais

 

Fonte: Dicionário Aurélio, Wikipédia e conhecimentos pessoais